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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Crítica de 'Salt'

O que esperar de um filme que usa a pergunta “quem é Salt?” para se promover? Pois é exatamente essa pergunta que fica na cabeça do espectador durante toda a projeção de “Salt”, do diretor Phillip Noyce (de “O Colecionador de Ossos”).
Evelyn Salt (Angelina Jolie) é uma agente da CIA que jurou fidelidade ao dever, à honra e ao país. Sua lealdade será testada quando um desertor a acusa de ser uma espiã russa. Salt vai ao trabalho, usando todas suas habilidades e anos de experiência como agente disfarçada para evitar a captura. E aí começa uma caçada à agente para descobrir a verdade quanto às suas intenções.
Bom, já dava pra suspeitar qual seria a ambientação do filme. Assim como todos os filmes de espionagem, há muita correria, tiros, reviravoltas e intrigas. Pois as reviravoltas são o ponto forte desse filme. O bom roteiro de Kurt Wimmer (autor também de “Código de Conduta” e “Equilibrium”) não traz inovação alguma para o gênero, mas realiza muito bem o que se propõe desde o início: martelar a pergunta “quem diabos é essa Salt afinal?” na cabeça do espectador. O texto traz várias revelações durante a projeção, apresentadas cada uma a sua maneira, para não tornar o recurso entediante. Enquanto a primeira reviravolta é mostrada em meio a ação vista por uma câmera trêmula e com cortes rápidos, a segunda já apresenta a ação em câmera lenta, e assim por diante...
Jolie faz uma agente bem dúbia entre seus olhares sexys e expressões indecifráveis. Sua personagem é uma espécie de John McClane com leves toques de Neo. Liev Schreiber também não deixa por menos, se destacando bastante na tela também.
Noyce, porém, peca um pouco nos movimentos frenéticos de sua câmera, que não deixa o espectador mais atento entender exatamente o que está acontecendo. Outro ponto que pode causar certa confusão é o primeiro flashback de Salt, que acontece sem aviso prévio algum.
Com uma boa fotografia feita por Robert Elswit (nada que se destaque ou diferencie dos filmes do gênero), assim como a boa trilha composta por James Newton Howard, “Salt” consegue ser um bom filme, que agrada não só os fãs de filme de espionagem, mas o público em geral.

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