Na história adaptada de um musical da Broadway, que por sua
vez foi inspirado na clássica obra do escritor Victor Hugo, o pano de fundo é a
Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para
alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois,
ele quebra a condicional e é perseguido pelo inspetor Javert (Russell Crowe), mas tentará
recomeçar sua vida e se redimir. É quando ele encontra Fantine (Anne Hathaway),
que está muito doente e preocupada com sua filha, Cosette (mais tarde,
interpretada por Amanda Seyfried). E o desenvolver vocês ficam sabendo quando
assistirem, não quero estragar nenhuma surpresa!
Além das belas canções, as atuações são,
definitivamente, o forte do filme. O oscarizado diretor Tom Hooper (de “O
Discurso do Rei") consegue arrancar lágrimas, suor e os tons mais altos de seus
atores através de longos planos durante várias canções.
Jackman está fantástico, em uma atuação simplesmente completa.
Crowe é o malvado em sua caçada implacável, e se sai muito bem no papel
também. Eddie Redmayne (que interpreta Marius), Samantha Barks (que faz Eponine) e Seyfried não
têm muito tempo de tela (elas, menos ainda) e dão uma atuação satisfatória, com Banks se sobressaindo em relação aos outros dois. O
alívio cômico fica por parte do impagável casal de trambiqueiros que Helena Bonham
Carter e Sacha Baron Cohen (ele mesmo, o Borat) dão vida. Muito bons também.
Mas os aplausos em pé vão para a belíssima e super talentosa Anne Hathaway, que
também não passa tanto tempo em cena, mas consegue arrancar lágrimas com sua
personagem. Ela está simplesmente fantástica, digna de premiações.
O roteiro acaba deixando algumas dúvidas, principalmente durante as duas passagens de tempo presentes, mas nada que atrapalhe muito a trama principal, que gira em torno do personagem de Jackman. Um dos fatores que me fazem gostar muito de musicais são as apresentações de personagens. De certa forma, este estilo consegue introduzir e, muitas vezes, explicar a complexidade de cada personagem durante o que chamo de "música de apresentação". É aquela canção solo, na qual cada ator explica as frustrações, angústias e anseios de seu personagem. "Os Miseráveis" contém várias ótimas "músicas de apresentação".
O roteiro acaba deixando algumas dúvidas, principalmente durante as duas passagens de tempo presentes, mas nada que atrapalhe muito a trama principal, que gira em torno do personagem de Jackman. Um dos fatores que me fazem gostar muito de musicais são as apresentações de personagens. De certa forma, este estilo consegue introduzir e, muitas vezes, explicar a complexidade de cada personagem durante o que chamo de "música de apresentação". É aquela canção solo, na qual cada ator explica as frustrações, angústias e anseios de seu personagem. "Os Miseráveis" contém várias ótimas "músicas de apresentação".
Hooper entrega um belo filme visualmente falando, também. Os
figurinos de época de Paco Delgado estão impecáveis e a fotografia de Danny
Cohen conversa com a trama naturalmente.
Um ótimo filme, que provavelmente será injustiçado no Oscar,
devido aos grandiosos concorrentes, mas que deve ter lá seu pequeno
reconhecimento na atuação de Hathaway. E vale à pena.
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