Mais um filme produzido pra entreter os amantes de pancadaria e tiros. Sim, porque “Predadores” não se preocupa muito com a história. Não que seja ruim a existência desse tipo de filme, pois ele só comprova que o cinema tem espaço pra todos os tipos de público.
Enfim, nesta nova história com a criatura criada pelos irmãos Jim e John Thomas, um mercenário (interpretado por Adrian Brody) acaba por liderar um grupo de combatentes que, assim como ele, foram simplesmente jogados em um planeta para se tornarem a caça de uma perigosa raça alienígena.
O roteiro é bem fraco e com alguns furos. Naturalmente que o texto feito a quatro mãos por Alex Litvak e Michael Finch não tinha intuito nenhum em desenvolver uma história complexa, apenas precisavam de um argumento qualquer para mostrar um jogo de caça e caçador entre humanos e alienígenas. Pense bem: eles pegaram um personagem já consagrado no meio e simplesmente tiveram que criar cenas de ação para que tais criaturas pudessem caçar humanos. O texto, inclusive, utiliza de uma citação do filme original (se não me engano, pois não assisti a versão com Schwarzenegger ainda), para construir o enredo, em um ato falho e preguiçoso de economizar em falas e partir logo pra ação, afinal, todo mundo já sabe quem são os predadores mesmo! A única “surpresa” que o roteiro tenta guardar para o final, na revelação da verdadeira identidade de uma das personagens, acaba por ser decepcionante, também falha e sem qualquer impacto, por ser demasiadamente previsível.
A trilha sonora de John Debney, a fotografia de Gyula Pados e a movimentação de câmera do diretor Nimród Antal são típicos de filmes do gênero, portanto sem nenhuma surpresa. A câmera correndo junto aos personagens e mostrando vultos das criaturas na primeira metade do filme ajudam a compor o mistério (que, novamente, não é mistério nenhum, já que a figura do Predador já é conhecida).
Adrien Brody faz uma vesão de Rambo com a prepotência de Chuck Norris que não convence muito. Alice Braga e Topher Grace estão bem em seus papéis, nada de muito destaque também. Até que aparece na tela Laurence Fishburne, com seu ar de Morpheus, e aí pensamos “uou, agora o filme vai engrenar”, mas ele passa a uma espécie de Tom Hanks em “Náufrago” que decepciona também.
Citação e homenagem ao primeiro filme a parte, vale avisar para que fique atento à citação de “Scarface”, que não passa de uma pequena homenagem adicional. Enfim, “Predadores” tem apenas o intuito que comentei no começo: divertir aos fãs de ação e pancadaria.
Eu já não queria assistir o filme, me convenceu :D
ResponderExcluirApesar que pancadaria e efeitos especiais raramente decepcionam, só se o sangue for muito falso.
Pra mim o Adrien Brody será eternamente O Pianista, com aquela cara de coitado.
Aguardo mais críticas para ler!